Contabilidade: Verdades e Mentiras
A verdade é que a contabilidade passa por profundas
transformações, exigindo de nós atualização constante, especialmente em relação
às normas internacionais, agora adotadas oficialmente no Brasil.
Como em
toda ciência, a contabilidade sofre com estigmas que se introduzem
com o tempo, cabendo a nós, contabilistas, combatê-las com o ímpeto necessário
e visando preservar os penosos avanços até aqui alcançados por todos os que
contribuíram e contribuem com a dinâmica do desenvolvimento social, econômico e
científico.
A verdade
é que a contabilidade passa por profundas transformações, exigindo de nós atualização constante,
especialmente em relação às normas internacionais, agora adotadas oficialmente
no Brasil.
A mentira é
que isto é moda, que tudo passará e os balanços continuarão sendo apenas
demonstrativos para o fisco. Ilude-se quem ainda julga que um balancete ou balanço
possa ser fraudado com simples canetadas ou ajustes temporários. Com a
introdução de diversos mecanismos de acompanhamento eletrônico (SPED-fiscal,
ECD, NF-e, etc.) a “burla” terá vida curta – como diz o provérbio: “mentira tem
perna curta”.
A verdade é que os contabilistas estão
sobrecarregados de exigências extra-contábeis, como elaboração de
minuciosas demonstrações para o fisco. Mais verdade ainda é que ainda
não são remunerados adequadamente por todas estas obrigações, ainda mais
considerando-se a grande responsabilidade civil e penal que têm ao assinar tais
demonstrativos.
A mentira é
que o governo vem simplificando as obrigações. Ao contrário, com
exigências cada vez mais técnicas (manuais de operação com centenas de páginas
de campos, dados, layouts, etc.), o profissional contábil vê-se quase à mercê,
pagando caríssimo, de profissionais de outras áreas (como informática), tendo
que delegar enormes quantidades de confiança e quase sem tempo para acompanhar
todas as tarefas.
A verdade
é que a contabilidade é útil,
verdadeiro repositório de informações para o gerenciamento de um negócio ou de
uma entidade sem fins lucrativos. Se ela não é utilizada com este fim, então
estamos diante de outra verdade: dinheiro mal aproveitado.
A mentira é
que a contabilidade é
cara. Quem faz esta afirmação não conhece (ou não lê) as milhares de
normas, regulamentos, leis, portarias, instruções e outras parafernálias
diárias que são publicadas nos diários oficiais da União, Estados e Municípios,
mudando grotescamente a legislação e as exigências do dia para a noite.
A verdade é que a classe contábil é pouco unida, pouco
participativa nos sindicatos. O episódio recente do COAF, exigindo que o
contabilista quebre o sigilo dos clientes ao informar operações, é um exemplo:
pouquíssimos sindicatos se manifestaram, cadê a atuação deles nesta aberração a
ética do profissional?
A mentira é
que não pudemos mudar o Brasil. Ora, somos mais de 500.000
profissionais, com alto conhecimento técnico, capacidades específicas, poder
de gestão, e outros atributos. Como não podemos participar e contribuir
para que o Brasil mude, a partir de ações individuais, profissionais,
coletivas e participativas de uma classe tão numerosa e (ainda não) tão
influente na vida social?
Fonte:
blog guia contábil
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