07 lições da derrota da Seleção para a
sua empresa
Há várias semelhanças entre o que
acontece no campo e a vida dos empreendedores. Saiba o que fazer para não ter um
"apagão"
O dia 8 de
julho de 2014 vai ficar marcado pela maior derrota sofrida pela Seleção em mais
de um século de glórias. Nessa data, uma pequena delegação alemã massacrou 200
milhões de pessoas. Foram sete golpes certeiros. É difícil explicar o
inexplicável, mas é possível enumerar uma série de falhas, cometidas pela nossa
linha de frente, vestida de canarinho, e pelo senhor de bigode que a comandava.
Se a
derrota deve servir como um exemplo para os jogadores, também pode ser útil
para que os empreendedores prestem atenção em alguns processos de suas
empresas. Obviamente, nossa vida é mais que uma partida de futebol, mas há
várias semelhanças entre o que acontece no campo e a batalha diária de cada
empreendedor.
Listamos
algumas lições, baseadas em falhas do Brasil na Copa do Mundo, que pode servir
para a sua empresa.
1) Saiba recrutar a pessoa certa
para Tarefas Importantes:
Em um jogo, se os titulares não jogam bem, a alternativa é fazer uma
substituição. No caso da Seleção, o atacante titular teve um desempenho ruim,
mas não havia ninguém à altura no banco de reservas. O mesmo ocorreu com várias
peças do time – "se não tem tu, vai tu mesmo" resume bem. Além disso,
alguns jogadores de qualidade ficaram de fora da Copa e poderiam ter garantido
um destino diferente ao time.
Para o
empreendedor, uma a lição: fique atento ao contratar alguém, ou selecionar
pessoas para uma tarefa importante. Tenha o máximo de certeza possível de
que seus colaboradores podem fazer o que foi pedido a eles.
2) "Jogar em casa" não é o
suficiente:
Logo após a Copa das Confederações, no ano passado, Felipão declarou, sem medo
das consequências, que o Brasil conquistaria o hexa. Segundo ele, a qualidade
do time, aliada à força da torcida, levariam o time ao título mundial. Chegou a
hora da verdade e a torcida estava lá, cantando o hino e incentivando a
Seleção. Só que a qualidade do time caiu vertiginosamente. Como torcida não faz
milagre, não foi possível vencer os alemães.
Nas
empresas, é importante saber que não importa o otimismo ou qualquer fator que
eleve o moral. Se o time não estiver funcionando bem, tudo pode dar errado.
3) Não seja uma pilha de nervos
Líderes:
Na partida contra o Chile, quando a classificação brasileira foi decidida
apenas nos pênaltis, a pressão sentida pelos jogadores ficou escancarada. Tinha
gente chorando, deitando no chão e pedindo milagres. No mundo corporativo, o
estresse está sempre presente. Na Copa, Felipão até conseguiu controlar os
nervos do time.
Em uma
empresa, entretanto, o chefe pode ser a principal fonte de nervosismo. Por
isso, fique atento e tente não pressionar seus funcionários.
4) Não seja um líder "Thiago
Silva":
Se o chefe estressado é ruim, imagine um líder mais instável que seus
funcionários? O capitão do Brasil, Thiago Silva, foi escolhido como o homem que
levantaria a Copa do Mundo por ser um líder. No entanto, contra o Chile, quando
mais se precisou do zagueiro, Silva ficou em um canto, afastado de seus
companheiros, chorando. O chefe de uma equipe deve ter uma postura
diametralmente oposta. É preciso estar lá, pronto para ajudar sua equipe nos
piores momentos possíveis.
5) Tenha um substituto para seu
"Neymar":
Na Seleção, indiscutivelmente, Neymar era o jogador mais talentoso e deu conta
do recado quando necessário. Ao ser tirado da Copa pelo colombiano Zúñiga, não
havia ninguém à altura para substituí-lo. Na partida contra a Alemanha, essa
"Neymar dependência" ficou aparente.
O
"Neymar" de um pequeno negócio normalmente é o próprio empreendedor.
Outras vezes, líderes descentralizadores têm um funcionário que destoa dos
demais, com um desempenho melhor que seus colegas. Nos dois casos, a dica é
distribuir melhor as responsabilidades. Se você não confia em sua equipe,
talvez seja melhor voltar à primeira lição – contrate as pessoas certas.
6) É preciso ter Foco e Metas:
Na preparação para as Copas de 2006 e 2010, o comportamento da Seleção foi
bastante diferente: na primeira, tudo era uma farra. Na outra, Dunga
"fechou as portas" da concentração, em um clima meio militar. Neste
ano, Scolari preferiu um meio-termo. Mesmo mais comedidos que o grupo de 2006,
os jogadores que tentaram o hexa dedicaram bastante tempo a campanhas
publicitárias, o que pode ter tirado o foco do que realmente importava.
7) "Treinar" sua Equipe é
Essencial:
O Brasil, dentre os oito times que chegaram às quartas de final, foi a seleção
que treinou menos. Entre a vitória sobre o Chile e a partida contra a Colômbia,
o time titular passou três dias sem tocar em uma bola. Por outro lado, a
Alemanha só descansou por um dia. Felipão justificou a folga dizendo que a
maior parte do elenco estava em fim de temporada e sobrecarregada após jogar
por quase um ano sem férias.
Se a
escolha foi questionável no futebol, postura semelhante é inadmissível nos
negócios. Você desistiria de praticar uma apresentação, ou repassar o conteúdo
de um pitch, por "estar sobrecarregado"? Por isso, pratique. O
esforço pode levar a sua empresa ao sucesso.
Fonte:
Pequenas
Empresas & Grandes Negócios